terça-feira, 10 de maio de 2016

A quietude, o corpo... a manhã

A coragem de me sentir sozinha faz crescer o deserto onde cresce a limitação. A angustia caminhando em segredo esboroa o instante da emoção que se aproxima...
Venho do areal da ascese primitiva sacudindo meu fato e minha febre e onde estou está um cansaço que não está no falso da intenção...
A distância do que não surge, telúrico navegando sua ância e seu areal de insónia é a incoerência dum mendigo pensador desintegrando-se. Pensar é como trazer um gesto erecto e pedir à terra que nos ceda pão.
Onde ficarei, na quietude de me savber sozinha, não haverá choro ou lamento de mulher... Sozinha e não pensando em nada... apenas Mar e espaço de enxárcia a remo. De leme ao braço eu navego rosa branca. Com a minha face ao invés...qual ângulo recto e contorno do silêncio do convés onde o Luar agitou farrapos... eu Te senti opaco e transcendente... fui buscando o ocaso no Outono mais outonal que se toca e se sente mas feriu-me o anátema.
Consubstancio-Te minha palavra vã onde se iluminam teus pássaros libertos. Hummm... a quietude, o corpo... a manhã !
JM

Sem comentários:

Enviar um comentário